O “glamour” parisiense

Como todo mundo sabe, Paris é um dos grandes polos de design do mundo, aliado a Milão talvez, encabeça essa liderança. E por esse motivo, eu sempre quis conhecer a cidade. Sempre fui um fã de art nouveau, estilo que nasceu na Bélle Époque francesa lá nos anos 1900. Sendo assim, ir até a capital francesa pra mim era algo majestoso. Mas não foi. Eu honestamente não gostei de Paris. Me julguem.

Talvez foi a minha expectativa em relação à cidade. Talvez foi o fato que eu peguei chuva nos 5 dias que estive por lá. Talvez seja porquê eu já tinha passado – e me apaixonado – por Londres antes. Talvez eu seja o problema.

Um dos principais símbolos do mundo é a Torre Eiffel, e quanto a sua subida e vista eu vou comentar um outro dia. Mas o que eu queria ressaltar aqui é o entorno da Torre. Eu moro em Curitiba e aqui apesar dos pesares, nós acabamos preservando o patrimônio público. Houve até uma foto de um evento uma vez que comprova isso que estou dizendo. Mas ali, no que deveria ser um dos locais mais bem preservados do mundo, havia grama por fazer, com matos grandes; pedrinhas já ralas, mostrando o chão de terra; as árvores com seu charme “quadrado”, mal podadas. E certo lixo pelo chão, papéis e pacotes. Ou seja, um cenário um pouco abandonado pra algo que deveria ser um dos mais preservados.

Somado a isso o metrô. Pra você que é paulista e reclama do metrô, pense de novo. Os vagões eram pixados e velhos, os bancos eram imundos, as estações eram mal limpas e, por mais que eu tenha visitado poucas vezes São Paulo, eu nunca vi ninguém fumando crack e “morando” numa estação. Já em Paris, isso aconteceu. Certo que dias mais tarde encontramos a polícia descendo até a estação com cachorros e bem armada, procurando os “moradores”. Mas ainda assim, aconteceu.

Pra finalizar, vou usar a história de um amigo que viajou praticamente um ano depois de mim, que pediu pro garçom um sanduíche sem salada. E este veio com um tomate. Ao reclamar, o garçom veio, abriu seu pão com as mãos, tirou o tomate, fechou o pão e Voilá, sem tomate! 

Eu não me considero um viajante chato, que reclama e que se hospeda nos melhores hotéis. Mas ao mesmo tempo, o que eu vi pelas ruas me deixou de certa forma bem desapontado com a cidade. Logicamente tem lugares maravilhosos. Mas ao mesmo tempo, a sujeira e a falta de preservação de alguns pontos turísticos foi algo que me chamou a atenção.

Algo que não saía da minha cabeça, e que eu sempre brinco na tentativa de imitar, era uma cena do filme “Meu nome não é Jhonny”, quando um detento quer instigar o personagem pra uma briga contra outros detentos: “aqueles caras são uns porcos, uns imundos, ficam jogando lixo pelo chão”. 

Ao conversar com um amigo e contar a experiência ele me disse: “Mas cara, você não assistiu Ratatouille?”.

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Post feito ao som do álbum “The Wrong Side of Heaven and the Righteous Side of Hell” do Five Finger Death Punch, que me deixa um pouco além da conta.

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